O câncer é uma doença perfeitamente possível de controle e, na maioria das vezes, de cura. Entretanto, seu diagnóstico traz a idéia de gravidade e morte, o que provoca ameaça, ansiedade e medo não só no paciente, mas em toda sua família.

A comunicação de seu diagnóstico para filhos na infância e na adolescência é particularmente delicada. Porém, não contar implica em alienar os filhos de uma questão importante a ser vivida em família e manter fantasias terríveis que acabarão por deixá-los acreditando que estão diante de uma doença incurável e da perda iminente de uma pessoa querida.

O indicado é ter uma conversa franca, durante a qual todos terão a chance de fazer perguntas, comentários e expressar suas preocupações e esperanças. Terão, portanto, a oportunidade de se sentirem participando e membros importantes da família.

Como contar?

É essencial que se observe e aceite as emoções que as crianças estiverem expressando, tais como choro, raiva e medo, e as encoraje a falar sobre o que pensam e sentem. Ao mesmo tempo, é fundamental ajudar os filhos a conterem o sofrimento e apoiá-los a desenvolver estratégias de enfrentamento efetivas que lhes permitam manter a esperança e a lidar com a situação.

Assim, a família como um todo será capaz de acolher, apoiar e acompanhar carinhosamente o familiar diagnosticado com câncer durante todos os seus tratamentos até a sua recuperação.

Autoras: Maria da Glória G. Gimenes, Psicóloga, PhD – Coordenadora do Serviço de Psicologia da Clinonco e Loren Chermann,  Especialista em Psicologia da Saúde, e Psicóloga do Serviço de Psicologia da Clinonco.

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