O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, sendo raro em homens. Os fatores de risco mais importantes relacionados ao câncer de mama são obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcóolicas, duração e tipo de terapia de reposição hormonal, menstruações que se iniciaram precocemente (antes dos 12 anos), menopausa tardia (depois dos 55 anos), primeira gestação após os 30 anos, sedentarismo, história de câncer de mama na família (principalmente parentes de primeiro grau).

Autores: Dra. Alessandra Pontalti e Dr. Artur Malzyner

O uso de anticoncepcionais com baixa dosagem de hormônios parece não estar implicado no aumento do risco de câncer de mama.

A mamografia é a principal exame realizado para diagnóstico precoce do câncer de mama. Outros exames como ressonância magnética e ultrassom são utilizados para uma avaliação mais aprofundada dos achados da mamografia ou para mulheres com maior risco de câncer de mama.  Uma vez que antes dos 40 anos de idade a incidência de câncer de mama é baixa, não se recomenda realização de exames de rastreamento de rotina.  Para mulheres com idade entre 40 a 45 anos os casos devem ser individualizados levando em consideração os fatores de risco apresentados por cada paciente, sendo que de modo geral o recomendado pela maioria das Sociedades médicas nesta faixa etária é a realização de mamografia a cada dois anos. Dos 45 a 74 anos deve-se realizar mamografia anual e após essa idade leva-se em consideração expectativa de vida da paciente e fatores de risco para manter rotineiramente os exames de diagnóstico precoce.

Após confirmação do diagnóstico, que é realizado através de biópsia da lesão suspeita, leva-se em consideração o tamanho do tumor, características histológicas, comprometimento ou não dos linfonodos, presença de metástases a distancia e características moleculares do tumor reconhecidas no exame de imunohistoquímica para definir o melhor tratamento, conforme recomendam os protocolos internacionais. Esse tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia além da cirurgia.

Depois do tratamento inicia-se a fase chamada “seguimento” que dura de 5 a 10 anos, período em que o tumor apresenta maior chance de recair, podendo se prolongar dependendo do caso. Nesta fase acontecem consultas médicas periódicas para que a paciente possa ser examinada pelo seu oncologista e questionada sobre aparecimento de sinais e sintomas que possam sugerir retorno do tumor, além de realização de mamografia anual. Outros exames de imagem e laboratoriais podem ser solicitados neste período pelo oncologista, dependendo da sua avaliação.

A prevenção e o diagnóstico precoce são os fatores mais importantes para o sucesso do tratamento do câncer, procure sempre um oncologista.

Autor: Dra. Alessandra Pontalti e Dr. Artur Malzyner

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *