O câncer de mama é o tumor maligno mais frequente na mulher. No Brasil existe um risco estimado de 52 casos novos a cada grupo de 100 mil mulheres por ano.

O diagnóstico precoce, que se vale da mamografia rotineira na população sem sintomas, ainda é melhor garantia de cura nesta doença.

Uma vez feito o diagnóstico, a mastectomia total ou parcial é frequentemente o primeiro tratamento a ser realizado. Nesta operação o cirurgião pesquisa o linfonodo sentinela, que é o gânglio linfático mais próximo do tumor a receber as células malignas, e se comprometido, indica a retirada de todos os gânglios da axila. Em caso negativo, o cirurgião poupa os demais gânglios e a cirurgia será menos agressiva.

A cirurgia permite caracterizar a extensão da doença e retira material patológico para estudo da biologia do tumor. Todos estes dados possibilitam individualizar o tratamento para cada paciente.

O progresso no tratamento no câncer de mama se fez através de diversos avanços. O primeiro deles foi de usar a quimioterapia cada vez mais precocemente. O segundo foi a redução progressiva na extensão e agressividade da cirurgia, graças ao diagnóstico de lesões cada vez menores, fornecidas pelo rastreamento com mamografia e pelos benefícios conferidos pela quimioterapia precoce. O uso da radioterapia, até certo ponto permitiu também reduzir a extensão da mastectomia.

A existência de tratamentos que afetam alvos moleculares específicos em cada paciente permitiu acrescentar medicamentos durante ou após a quimioterapia, que tem aumentado muito as possibilidades de cura ou controle do câncer de mama.

São quatro as moléculas que o médico busca para tratar um câncer de mama: receptor de estrógeno, receptor de progesterona, a molécula HER2 e a porcentagem de células que expressam o Ki67.

Para os dois primeiros são oferecidos tratamentos do tipo hormonal que inibe a proliferação das células portadoras daqueles receptores. Exemplos são o tamoxifeno, anastrozol, letrozol, exemestane entre outros. Para a mulher com câncer de mama com a molécula do HER2, anticorpos monoclonais, por exemplo o transtuzumabe, e mais recentemente DM-1e pertuzumabe são capazes de reduzir o risco de recaída e no cenário mais avançado possibilita o controle a longo prazo.

O percentual de células que expressam o Ki67 permite que o médico compreenda os benefícios que as quimioterapias ou tratamentos hormonais podem conferir a paciente.

Muitas mulheres com doença avançada se beneficiam também com o uso do bevacizumabe, um medicamento capaz de impedir que o tumor receba suprimento de vasos sanguíneos que viriam a alimentá-lo. Associado a quimioterapia é uma arma cada vez mais usada.

A combinação adequada de todos os tratamentos citados acima tem garantido índices de cura jamais vistos anteriormente em pacientes operadas com menor grau de mutilação, além garantir qualidade de vida e longevidade nas pacientes com doença já avançada.

https://www.minhasaudeonline.com.br/br/artigo/58/100265/novas-perspectivas-no-tratamento-do-cancer-de-mama

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